Capítulo 25 - O Anúncio do Noivado e os Preparativos

O caminho de volta do píer até a casa dos Lancaster foi marcado por um silêncio cúmplice, repleto de sorrisos discretos e olhares carregados de emoção. Stela ainda sentia o toque do anel em seu dedo, como se aquele pequeno objeto carregasse consigo todo o peso e a doçura daquele momento.

Philip, caminhando ao seu lado, mantinha sua mão entrelaçada na dela, como se apenas o contato físico pudesse convencê-lo de que aquilo era real. Ela havia dito sim.

Ao cruzarem a soleira da casa, foram recebidos pelo burburinho da família ainda reunida na sala de estar, compartilhando conversas e risadas após o jantar. Margaret foi a primeira a erguer os olhos para eles e, em um instante, seu olhar caiu sobre o brilho discreto do anel na mão de Stela.

A matriarca arregalou os olhos e levou a mão ao peito.

— Philip Lancaster!

O tom de sua voz fez com que todos os presentes se virassem para o casal. Henry e William franziram as sobrancelhas antes de entenderem, e então os sorrisos alargaram-se.

— Não pode ser… — murmurou Henry, mas William já soltava uma gargalhada de puro contentamento.

— Então finalmente aconteceu!

Margaret, incapaz de conter a emoção, atravessou a sala e tomou o rosto de Philip entre as mãos.

— Meu filho… — Sua voz embargada denunciava o quanto aquele momento a tocava.

Edward, que observava a cena em silêncio, levantou-se com um sorriso orgulhoso.

— Eu sabia que meu rapaz teria juízo.

Philip, sem jeito, tentou conter a enxurrada de cumprimentos, mas a essa altura Henry já lhe dava tapinhas nas costas e William apertava a mão de Stela com entusiasmo.

— Bem-vinda oficialmente à família, cunhada.

Stela sorriu, sentindo-se completamente aceita.

Mas então, no meio de toda aquela celebração, um pequeno corpo correu até Philip, agarrando-se ao seu lado com força.

Timont olhava para ele com olhos arregalados, sua boca levemente aberta em surpresa.

— Então isso significa… que você vai ser meu novo pai?

O silêncio tomou conta da sala. Stela sentiu o coração apertar. Ela nunca havia parado para pensar como aquilo soaria para Timont, e uma parte dela temia que ele pudesse se sentir deslocado.

Philip, no entanto, abaixou-se para ficar da altura do menino. Com cuidado, pousou uma mão sobre o ombro dele.

— Significa que eu estarei aqui para sempre, Timont. Para cuidar de você, protegê-lo e ensinar-lhe tudo o que eu souber. Como um pai faria.

O pequeno franziu a testa por um breve instante, como se processasse aquelas palavras, mas então um sorriso imenso se formou em seu rosto.

— Isso é incrível! — exclamou, jogando-se contra Philip em um abraço apertado.

A casa encheu-se de risos e mais comemorações. O noivado não era apenas um compromisso entre Philip e Stela; era a construção de uma nova família.

***

Os dias seguintes foram preenchidos por uma doce expectativa. Stela vivia um sonho. Nunca em sua vida ela imaginou que teria a chance de viver algo tão bonito, tão cheio de significado.

O casamento aconteceria na fazenda Lancaster, e Margaret, com sua energia incansável, dedicava-se com afinco a organizar todos os detalhes. Stela passava longas tardes ao lado da futura sogra, escolhendo pequenos enfeites, decidindo sobre o cardápio e planejando a disposição das cadeiras para a cerimônia.

Foram momentos de grande cumplicidade.

— O casamento deve refletir vocês — disse Margaret em uma das tardes, enquanto analisavam tecidos para a decoração. — Simples, mas cheio de amor.

Foi então que Stela teve uma ideia.

— A grande árvore… — murmurou, os olhos brilhando.

Margaret inclinou a cabeça.

— Aquela no gramado?

— Sim! Ela nos dará sombra, é um símbolo de algo forte e duradouro. Casar-se sob a copa de uma árvore parece… certo.

Margaret sorriu, tocando-lhe a mão.

— Perfeito.

O casamento de Philip e Stela não seria grandioso, mas seria especial.

Enquanto o sol começava a se esconder atrás das colinas, Philip retornou da lida no campo. Seus braços estavam cobertos de poeira, a camisa suada e os cabelos bagunçados pelo vento. Assim que avistou Stela conversando com Margaret na varanda, não resistiu.

Em poucos passos, agarrou-a pela cintura e a ergueu no ar, girando-a com facilidade.

— Philip! — ela gritou, surpresa, rindo em meio ao protesto.

Ele a pousou no chão com suavidade, as mãos ainda firmes sobre sua cintura. Seu olhar desceu até os lábios dela, e então ele depositou um beijo terno ali, doce e cheio de promessas.

Margaret pigarreou alto, e Philip soltou Stela apenas o suficiente para que ela se recuperasse da surpresa.

— Então, noiva… como andam os preparativos?

Stela, ainda tentando normalizar a respiração, sorriu.

— Tivemos uma ideia. Vamos nos casar sob a grande árvore.

Philip ponderou por um instante e então assentiu, satisfeito.

— Eu adoro essa ideia.

Timont, que corria pelos campos com os irmãos de Philip, voltou todo sujo de poeira, mas com um brilho de orgulho no olhar.

— Philip! Eu tirei leite da vaca hoje!

Philip ergueu uma sobrancelha.

— Foi mesmo?

Timont assentiu energicamente.

— E também aprendi sobre as plantações. William disse que sou um bom aprendiz.

Philip lançou um olhar para Stela, que observava o irmão com carinho.

— Parece que alguém está se adaptando bem à fazenda.

Stela sorriu. Timont estava feliz.

E naquele momento, vendo o garoto brincar livremente nos campos, sentindo o calor da presença de Philip ao seu lado e o carinho de Margaret ao redor, Stela soube que não poderia desejar nada mais do que já tinha.

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